12 de dezembro de 2009

DE de AVARÉ - registros fotográficos

  DIRETORIA DE ENSINO DE AVARÉ
trabalho realizado pelo monitor Ruymar Giordano
























Coordenação APE - Orientações Técnicas

ORIENTAÇÕES TÉCNICAS
Registros Fotográficos



 Ações preventivas em saúde sexual e abuso de álcool e drogas 
 UNIBAN – Fevereiro 2009

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 Prevenção a HANSENÍASE – Março 2009
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Participação Evento dia Mundial de prevenção a queda de idosos –Junho 2009

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 Prevenção a DST/AIDS – Fique sabendo KIT UNICEF – Julho 2009



CONPET – Monitores Educacionais – Julho 2009


 Vulnerabilidade às DST/AIDS – KIT UNICEF
Monitores educacionais  -  Julho 2009
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Valores em Jogo – Sexualidade e Gravidez na adolescência- Agosto 2009

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 Hanseníase – Educadores Profissionais e Universitários – Setembro 2009
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1º Mutirão de Doação de Sangue – Outubro de 2009



 KIT UNICEF – Educadores Profissionais - Outubro 2009


Saúde em Ação – D.E Santos- Outubro 2009


Adesão à Campanha de Doação de Sangue
Hemonúcleo de Santos – Outubro 2009
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PROCON – Educadores Profissionais e PCOPS PEF – Novembro 2009

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Coordenação APE - Dicas Relatório

RELATÓRIO DO MONITOR EDUCACIONAL


O relatório do monitor educacional APE, é um instrumento fundamental de verificação do desempenho do projeto e do resultado do trabalho desenvolvido mês a mês. Por isso, deve ser capaz de proporcionar ao leitor uma visão objetiva e consistente do que foi realizado.


Algumas dicas simples, mas muito importantes, para o preenchimento adequado dos relatórios semanais das ações do APE:

 A cada semana são gerados 2 relatórios, um para o sábado e um para o domingo;

 Os relatórios são individuais, mesmo quando a ação e/ou evento contar com a participação de toda a equipe;

 TODOS os campos devem ser preenchidos, ao finalizar, faça uma revisão e certifique-se de que seu relatório está completo;

 O relatório deve ser digitado;

 O relatório deve ser assinado.

CABEÇALHO

 A cada mês, lembre-se de verificar a alteração para o mês corrente no cabeçalho;

 O nome da unidade escolar deve ser redigido por completo, assim como o nome do responsável da unidade (Gestor, e/ou vice, e/ou educador profissional);

REGISTRO EIXO-SAÚDE

 O tema deve sempre estar contemplado na descrição das ações;

 O tema deve se referir a ações desenvolvidas no eixo-saúde. Planejamento, por exemplo, é uma ação ocorrida ANTES do dia de trabalho na U.E. Festa da páscoa, Festa Junina, etc. não são temas do eixo-saúde. As festas realizadas pela escola podem ser citadas no campo ações, porém a ênfase deve ser dada ao que o Projeto APE realizou nesta oportunidade.

PARCERIAS

 Gestor, educador profissional e universitário, voluntários, não são parceiros. São profissionais do Programa. Comunidade é beneficiária do Programa/Projeto;

 O nome das instituições/empresas deve ser redigido por completo;

 Os parceiros que estiveram envolvidos diretamente com as ações na escola devem ser citados no campo ações, com nome completo e respectiva atuação.

AÇÕES

 Este é o “recheio”, ou seja, o diferencial, precisa ser caprichado;

 Pressupomos que cada dia o público reaja de forma diferente. A equipe que se encontra na escola também participa agregando, ou não, alguma atividade ao tema proposto. Procure inserir comentários a este respeito;

 Não escrever: “continuamos as ações anteriores”;

 A ação não deve ser descrita em uma frase;

 Se necessário, utilize mais de uma folha para relatar o trabalho;

 Caso utilize vídeos para abordar um tema, o título da produção deverá ser citado;

 Ação planejada e não efetuada, não é ação. Este campo é para descrever o RESULTADO do trabalho;

 Se o tema foi o mesmo e a metodologia também, não significa que a descrição deva ser copiada e colada. Cada dia é único.

REGISTROS

 Verifique as datas na máquina fotográfica, para que estejam em acordo com o dia do trabalho relatado;

 A impressão das fotos precisa ter uma boa qualidade;

 Desenhos, fotos, depoimentos, folhetos informativos, devem conter cabeçalho, e se possível, serem fixados em uma folha de sulfite.

Sugestões gerais:

• Sempre que possível citar comentários, iniciativas, orientações e encaminhamentos referentes ao público;

• Substituir o termo panfletagem por distribuição de material de apoio e/ou folhetos informativos;

• Atenção aos erros de português e concordância;

• Não hesite em procurar ajuda e/ou usar dicionário, se necessário;

• Não envie relatórios rasurados;

• Procure cumprir as datas estabelecidas para entrega, todo o projeto perde com o não cumprimento de prazos;

• Além das atividades planejadas visando o atendimento das necessidades locais, deve-se buscar contemplar os temas trabalhados nas orientações técnicas.

Exemplo

Tema: alimentação saudável

Ação: perguntas e respostas

Que aspecto? Higienização dos alimentos e nutrição

Qual o público? Crianças

Como? Atividade lúdica: Jogo de dominó confeccionado por eles.

Foco/objetivo/para quê? Colaborar para maior ingestão de sucos de frutas pelas crianças e reforçar hábitos de higiene.

Houve parceria? Em caso afirmativo citar e explicar com que ação ou material e qual o benefício para a comunidade/indivíduo.

Registrar: sempre que possível encaminhar registro fotográfico.

Ação

“A higienização dos alimentos, principalmente no verão, como forma de manter a saúde também foi um aspecto abordado pela equipe. A alimentação saudável foi trabalhada com as crianças por meio de um dominó, confeccionado por elas com atitudes simples para manter uma boa alimentação, como por exemplo, a ingestão de sucos de frutas naturais e lavar as frutas antes do consumo”.

Registro

Anexar um modelo do dominó e/ou fotos

DICAS DE FILMES - "Bicho de Sete Cabeças"

BICHO DE SETE CABEÇAS
Tentando resgatar nossos jovens


O início do filme nos traz a imagem de alguns de nossos jovens e, no tocante aos professores, a de alunos que trazem problemas e geram enormes dificuldades para o exercício de nossa função. Há, inclusive, uma sintomática sequência que se desenvolve numa sala de aula, onde o personagem central, Neto (vivido por Rodrigo Santoro, surpreendente e bastante a vontade no papel) está totalmente desvinculado daquilo que está acontecendo na sala de aula, literalmente "no mundo da lua", desprezando solenemente a presença do professor.


Já se trata de um bom início de discussões, afinal de contas, como devemos agir em relação a esses garotos e garotas que, evidentemente, "embarcaram numa viagem sem volta" e que estão em nossas aulas "matando o tempo"? O que fazer quando tivermos indícios muito fortes de que algum jovem, entre aqueles com os quais estamos trabalhando, está usando drogas? De que forma devemos abordar a questão dos tóxicos entre nossos alunos? Como encaminhar uma discussão com os pais desses dependentes? O álcool e a maconha, não são drogas?


Outras questões importantes que podemos inferir a partir do filme referem-se a própria conduta da escola no que se refere a forma como as aulas são conduzidas, seus métodos, a comunicação e sua efetivação dentro de uma classe, os recursos que estão sendo utilizados, o diálogo entre os professores e os alunos e entre a escola e os pais e, por aí vai; afinal, temos uma parcela de responsabilidade se pensarmos que, enquanto educadores, devemos fazer com que nossos alunos aprendam nossos conteúdos e, também, assumam responsabilidades e tenham posturas definidas quanto a vida, permitindo que eles tenham condições de evitar as armadilhas do cotidiano, entre as quais, a droga se inclui.


É perceptível, nesse aspecto, que não estamos cumprindo com nossos compromissos de forma plena. Temos nos preocupado muito com os conteúdos e pouco com a formação de conceitos seguros de cidadania, ética e responsabilidade social.


Voltemos ao filme. Neto é um jovem estudante que, como qualquer pessoa dessa faixa etária (não generalizemos, há muitos garotos que não medem os riscos e entram em verdadeiras "frias", mas, há outros que assumem compromissos, investem numa vida saudável, estudam e respeitam os pais), arrisca-se de forma irresponsável em atividades como pichações, viajar com a "galera" para o litoral sem o consentimento dos pais e sem nem ao menos informar aonde está, "transar" sem camisinha e sem conhecer a parceira ou, ainda pior, se envolver com drogas.


Proveniente de uma família de classe média baixa, Neto tem pais esforçados porém, pouco informados e, sujeitos as opiniões alheias. Quando descobre em que situações seu filho se meteu, especialmente, ao encontrar um cigarro de maconha na roupa do rapaz, o pai (vivido pelo experiente Othon Bastos) decide-se pela internação imediata do jovem num sanatório.

Nessa instituição, teoricamente uma das melhores disponíveis na cidade onde se passa a trama, Neto é submetido a situações absurdas como por exemplo, a tomar medicamentos sem qualquer avaliação prévia pelos médicos responsáveis ou ainda, é submetido a choques e ao convívio com doentes mentais em estágios avançados de enfermidade.

Seus apelos para que os pais o tirem dali são encarados como táticas de um viciado que pagaria qualquer preço para retornar ao convívio com as drogas, o que só faz com que se prolongue sua internação. Quando consegue sair, passa a conviver com o preconceito dos outros e tem dificuldades de readaptação que o levam a incorrer em novos erros e descaminhos, levando-o a nova internação. Os mitos em relação ao usuário de drogas, o tipo de droga e padrões de consumo revelam parte do problema na abordagem da questão.



Como escapar desse vai e vem? Como superar esse círculo vicioso? O que nós podemos fazer (pais, professores, sociedade em geral)?

Sensibilidade é uma das palavras essenciais nessa relação delicada. Compreensão e diálogo também fazem parte do caminho da recuperação. É ver para crer!

Ficha Técnica


Bicho de Sete Cabeças

País/Ano de produção: Brasil, 2000
Duração/Gênero: 74 min., drama
Distribuição: Columbia
Direção de Laís Bodanzky
Elenco: Rodrigo Santoro, Othon Bastos, Cássia Kiss, Jairo Mattos.

11 de dezembro de 2009

DICAS DE FILMES - "Bee Movie - A História de Uma Abelha"

BEE MOVIE - A HISTÓRIA DE UMA ABELHA

Sistemas e Ecossistemas em discussão


Através dos desenhos animados o mundo ao nosso redor pode ser transformado, adaptado, refeito, repensado. Por isso vemos variadas animações surgirem, ano após ano, nos colocando em universos distintos.


Já vimos desenhos em que os brinquedos são os protagonistas [Toy Story], insetos [Formiguinhas], animais de regiões geladas [Happy Feet], espécies de localidades quentes [Madagascar] ou do fundo do mar [Procurando Nemo] ou ainda máquinas que ganham vida [como Robôs ou Carros].

Ainda há vertentes que trabalham com histórias clássicas [Pinóquio, Cinderella, Branca de Neve] ou ainda aquelas produções que se decidem por posicionamentos mais críticos, tanto à sociedade quanto aos próprios contos de fadas [Os Simpsons, Shrek].

E o que há de comum entre histórias ambientadas em locais tão diversos, protagonizadas por animais ou máquinas?

Além do fato de que essas produções são realizadas por grandes companhias norte-americanas (como a DreamWorks, a Fox ou a Disney/Pixar), o que há de relevante é o fato dessas animações reproduzirem, tramas que aproximam seus protagonistas da realidade humana, ou seja, reproduzindo o cotidiano de trabalho, os sentimentos, as sensações, os habitats, os utensílios, as relações...

Mas, como obras de ficção, criam-se realidades que reproduzem e procuram ir além dos elementos básicos do cotidiano humano, ao fantasiar e tornar mais empolgante, interessante e rica a existência. Nesse sentido, a luta pela sobrevivência, aparentemente banalizada pelo dia a dia , numa animação se transforma em histórias que empolgam, divertem, fazem os espectadores mirins [e de todas as faixas etárias] rir e, ainda guardam espaço para que no meio de todas essas possibilidades de diversão, se possa ainda pensar, refletir, conhecer, saber e crescer.


Os desenhos animados produzidos principalmente a partir do final dos anos 1980, com produções pioneiras como A Pequena Sereia ou O Rei Leão, foram produzidas com o intento de ir além do puro entretenimento, desafiando a lógica de mercado e imputando a essas produções e a esse nicho de mercado cinematográfico o compromisso de respeitar e estimular a inteligência das crianças e adolescentes que lotam as salas de cinema a cada nova produção.

Bee Movie, produzido pela DreamWorks e originalmente concebido pelo astro da TV americana, Jerry Seinfeld é mais uma dessas valiosas contribuições da cultura pop destinada as crianças que nos ajuda a compreender melhor o mundo em que vivemos.

Nessa animação há, por exemplo, a reprodução das bases operacionais da sociedade humana no universo das abelhas, da construção de sua colméia e interação com o mundo externo, onde transitam em busca de pólen para abastecer e fomentar a produção de mel, principal elemento de sustentação e sobrevivência da vida das abelhas.

Não apenas reproduz o que seria uma estrutura de operação e trabalho no mundo das abelhas aproximando-a daquela típica dos seres humanos e de suas comunidades, mas vai além procurando criticar, de forma irônica e subliminar [nas entrelinhas] práticas, padrões, comportamentos e estereótipos assumidos não pelas abelhas, mas pelos humanos.

Ao assumir esse compromisso crítico e mobilizar-se na direção de um entretenimento que diverte e que também provoca, estimula e propicia a possibilidade da crítica, animações como Bee Movie tornam-se recursos culturais de inestimável valor para a educação. É imprescindível, no entanto, que para que isso aconteça, os educadores se mostrem propícios a compreender sua lógica, estrutura e possibilidades pedagógicas. Somente a partir de então será possível adaptar, adequar, planejar e orientar o uso desse e de outros desenhos animados para um trabalho de qualidade em sala de aula.


O filme


Barry acabou de se formar e mal recebeu o diploma já está empregado. Isso é, certamente, o sonho de 10 entre 10 recém-formados, terminar um curso e já estar formalmente integrado ao mercado de trabalho. Aonde ele irá trabalhar? Como todas as abelhas, na produção de mel, em alguma etapa do processo produtivo que mantém a vida naquela Colméia, afinal de contas Barry é apenas uma abelha a mais numa colônia onde elas podem ser contabilizadas aos milhares...

Mas diferentemente de seus parceiros e colegas, Barry não está conformado. Ele quer ir além, tem sonhos de conhecer o mundo externo e atuar de forma mais incisiva na relação das abelhas com os outros seres e habitats, mesmo no que tange ao contato com os seres humanos, relativamente aos quais eles deveriam manter distância.

No entanto, como no mundo dos humanos, as abelhas desse mundo animado também são talhadas e destinadas a trabalhar de acordo com suas possibilidades e potencialidades – explorando suas características e qualidades mais evidentes. E Barry não tem os atributos necessários para o exercício da função que faria com que ele tivesse mais contato com o mundo externo, a de abelha em busca de pólen, a matéria-prima essencial para a sobrevivência de todos os membros da coletividade.

Isso não quer dizer que ele vá simplesmente aceitar essa situação e agir em conformidade com as regras estabelecidas. Pelo contrário, assim que surge uma oportunidade, Barry voa mundo afora e acaba conhecendo não apenas o mundo externo... Ele cria elos e relações com os humanos ao firmar amizade com a jovem florista Vanessa [por quem, literalmente, arrasta uma asinha, sem trocadilhos].

E mais, ao arriscar-se fora da colméia, Barry descobre que os seres humanos se apoderam do mel produzido pelas abelhas e, literalmente, alienam as produtoras do resultado de seu trabalho...

Onde vai dar isso? Num enorme processo liderado por Barry contra os seres humanos... E a repercussão dessa iniciativa das abelhas? Numa mudança de rumo que afeta a própria estrutura de funcionamento dos ecossistemas que existem na Terra...

Bee Movie é apenas uma animação, mas certamente pode provocar muitos debates e estimular a aprendizagem e o conhecimento de variados temas ali apresentados, da questão ambiental aos sistemas de trabalho, das diferenças entre as espécies ao sistema judiciário, dos meios de comunicação de massa aos procedimentos de marketing e venda de produtos... Imperdível!


Para Refletir


1. Como funciona uma colméia? E as abelhas, quais são suas características? O mel é considerado um ótimo alimento, o que motiva os nutricionistas e médicos a afirmarem isso? Explorar inicialmente o universo das abelhas [seu trabalho, relações e produção] é um ótimo início de projetos envolvendo a produção Bee Movie. Buscar informações adicionais em sites, livros e documentários seria de grande valor para projetos com qualquer faixa etária.

2. Os ecossistemas existentes na Terra são extremamente frágeis e dependentes da relação entre as diferentes espécies. Nesse ínterim a presença dos seres humanos acabou transformando o meio e promovendo alterações e modificações como o desaparecimento de algumas espécies e até mesmo a propagação de outras. Ao retratar isso, Bee Movie sugere uma reflexão e estimula produções acerca de como o desaparecimento de uma espécie animal ou vegetal causa danos a vida de todos os outros seres vivos... Que tal explorar essa premissa?

3. A reprodução em escala colméia da sociedade humana e de seu funcionamento é ao mesmo tempo, satírica e crítica. Através dessa estratégia dos produtores o que se quer é fazer rir e, ao mesmo tempo, estimular a sempre necessária reflexão acerca dos padrões sociais em que vivemos. Seria bastante útil fazer uma averiguação e exame acurado da animação com o propósito de realizar paralelos entre os padrões da colméia e da sociedade humana para que percebamos e repensemos práticas, ações, estratégias e sistemas que não são tão úteis quanto parecem...

Ficha Técnica


BEE MOVIE

A História de Uma Abelha

País/Ano de produção: EUA, 2007
Duração/Gênero: 90 min., Animação/Comédia
Indicação Etária: Livre
Direção de Steve Hickner e Simon J. Smith
Roteiro de Spike Feresten, Jerry Seinfeld, Andy Robin e Barry Marden
Elenco (vozes): Jerry Seinfeld, Renée Zellweger, Matthew Broderick, Chris Rock, Ray Liotta, Sting, John Goodman, Kathy Bates, Barry Levinson, Oprah Winfrey, Patrick Warburton, Larry King, Rip Torn.

DICAS DE FILMES - "À procura da Felicidade"

À PROCURA DA FELICIDADE

Superação a toda prova


Acreditem, é possível vencer! Nem mesmo os maiores obstáculos podem impedir os obstinados. Aqueles que realmente estão imbuídos de uma meta, atrás de objetivos claros e dispostos a suar a camisa atingem o triunfo. Há inúmeras histórias de pessoas comuns, que chegaram lá porque se dispuseram a ousar, a estudar, a planejar suas carreiras e vidas, a estruturar cada pequeno passo e a não demonstrar desânimo em nenhum momento de suas jornadas.


“À Procura da Felicidade”, estrelado pelo astro Will Smith e dirigido por Gabriele Muccino, nos coloca em contato com uma valiosa história de superação humana. Num cenário que poderia ser qualificado por muitos como um dos piores possíveis, um jovem pai aposta todas as suas fichas e cada um dos seus minguados centavos na concretização de um novo projeto profissional. Na esteira de tudo isso, abandonado pela esposa e assumindo plenamente suas responsabilidades paternas.
E o que podemos tirar de cada fotograma como experiência ou lição para nossas vidas? Muitas coisas. Por exemplo, que aprendemos tanto com os bons quanto com os maus acontecimentos de nossas existências. A decisão de ficar com seu filho de 5 ou 6 anos, contrariando as expectativas e a própria lei, demonstra o quanto a amarga experiência de ter sido abandonando ainda criança por seu pai marcaram o protagonista do filme, vivido por Smith.

Uma de suas falas/pensamentos indica com clareza o fato e demonstra que, sejam quais forem as dificuldades ou problemas que enfrente, a paternidade não é e jamais será vista ou entendida como empecilho ou drama pelo personagem. Isso abre espaço para mais uma importante consideração, ou seja, a de que a família, tão pouco considerada e valorizada ultimamente é, com certeza, a célula-mater da sociedade e uma das garantias para o desenvolvimento saudável (em todos os sentidos) de pais e filhos.
Isso também é perceptível com facilidade ao longo do filme quando vemos que, mesmo quando o dinheiro é curtíssimo ou inexistente, ainda que não exista um teto ou comida no prato, a presença e a troca de afeto entre pai e filho garantem tanto para o mais velho quanto para o mais novo, alguma sensação de segurança e de estabilidade.
Essas são apenas lições paralelas ao tema principal do filme, mas que não apenas alimentam a trama (baseada em fatos reais), como também nos levam a crer o quão fidedignos e verdadeiros nos parecem todos os acontecimentos ali descritos. A riqueza da história também reside no fato de que nos identificamos com os personagens e sabemos que tudo aquilo poderia acontecer com qualquer um de nós.

O fio principal que conduz a película é, no entanto, a capacidade de superação, a garra, a fibra e todo o empenho demonstrados pelo personagem de Smith para conseguir atingir seus objetivos profissionais. Uma carreira e não um emprego é o que busca o protagonista e, creiam, há uma diferença muito grande entre ambos. Para entender melhor o que quero dizer com isso, ouse assistir e se emocionar com essa bela história da vida real e, como muitos espectadores, passe a acreditar e lutar você também pelos seus sonhos...


O Filme
Vender scanners portáteis que realizam vários exames médicos em hospitais pareceu para Chris Gardner (Will Smith, indicado ao Oscar por sua interpretação) e sua esposa Linda (Thandie Newton) um ótimo negócio. Por esse motivo o casal investiu todas as suas economias na aquisição de várias unidades do aparelho e Chris tornou-se vendedor.

Batia de hospital em hospital, visitava clínicas, tentava negociar o equipamento com administradores hospitalares e médicos todos os dias, sem jamais demonstrar cansaço ou desânimo, ainda que os resultados obtidos fossem muito ruins... Passaram-se alguns longos e penosos meses durante os quais Gardner não conseguiu negociar nenhum equipamento. Com isso o dinheiro ficou cada vez mais curto e as contas foram se acumulando: o aluguel, impostos, a água, o telefone, a gasolina,...

O salário de sua esposa era baixo e somente pagava aquilo que era mais imediato. A paciência dela também era curta e, depois de algum tempo, se esgotou completamente. Veio a separação e o abandono do lar pela jovem, em busca de uma melhor perspectiva de vida, que não via ao lado do marido, a quem considerava um perdedor...

Mas a família não se restringia aos dois... Entre eles havia ainda o pequeno Christopher (Jaden Smith, filho de Will Smith na vida real) e suas necessidades, como a creche, a alimentação, as roupas, a higiene, a saúde,... A mãe até quis levar o garoto de 5 ou 6 anos com ela, mas do menino o pai não abriu mão, apesar das dificuldades que a vida lhe apresentava...

A gota d’água para a separação foi a decisão de Chris de tentar uma nova profissão. Queria tornar-se corretor na bolsa de valores, trabalhar numa boa corretora e, como alguns profissionais da área que tivera a oportunidade de observar, ganhar algum dinheiro, segurança e estabilidade.

Nada demais num belo sonho como esse, não acham? Só que para que isso pudesse acontecer, Chris teria que se tornar estagiário de uma firma durante 3 meses, sem qualquer remuneração ou garantia de que poderia ficar com o emprego ao final, posição profissional que estaria disputando com mais algumas dezenas de candidatos... Se não bastasse isso, sem dinheiro, prestes a ser despejado pelo seu senhorio, tendo seu filho a tiracolo e com seu carro tendo sido apreendido pelas autoridades, assim como o que ainda restava de seu saldo bancário, cabia o questionamento: Como encontrar a felicidade?


Para Refletir


1- As escolas atualmente respondem por inúmeras funções além daquelas relativas ao processo de ensino-aprendizagem. Professores tornaram-se psicólogos, tutores, orientadores profissionais, conselheiros, amigos e, muitas vezes, acabam até mesmo substituindo os próprios pais, tão ausentes na vida e na formação de seus filhos. As famílias precisam se reinventar, aconchegar-se novamente, integrar-se como até algum tempo atrás percebíamos, buscar a união, regozijar-se em seus encontros e reuniões. Refletir em como demonstramos nosso amor em família?

2- Ao abordar a diferença entre emprego e carreira percebida no filme “À Procura da Felicidade”, é possível dar luz ao trabalho do educador. Muitas vezes nossa realidade profissional não é aquela que almejamos e, por conta disso, alguns cruzam os braços e se recusam a fazer mais do que o básico. Dessa forma acabamos entrando num círculo vicioso que nos compele a sempre ficar por baixo, sem alternativas reais de crescimento, de implementação. A superação desse nefasto quadro passa, necessariamente, pela própria consciência que devemos ter quanto ao que pensamos, queremos e realizamos em educação. Muitas vezes acreditamos que os esforços que fazemos são invisíveis aos olhos das demais pessoas, mas isso não é verdade. Se por meio de nossas ações transformamos e agimos com coração e fé, respaldados pelo estudo, pela criatividade e pela ousadia, haverá triunfo, como o personagem do filme... (E, diga-se de passagem, isso é valido não só para a educação, como também para qualquer campo de atuação).

3- Penso que diariamente somos bombardeados pela mídia com inúmeras notícias ruins. Guerras, violência urbana, devastação ambiental, corrupção, má gestão dos recursos públicos, conduta mais do que inadequada de autoridades ou figuras públicas,... As notícias boas e os exemplos de realização pessoal e profissional, por outro lado, raramente ganham menções ou espaços na televisão, nos rádios, na internet ou em jornais e revistas. E não estou falando apenas de celebridades, grandes empresários, conhecidos cientistas, notórios filantropos,... Há grandes exemplos muito próximos de cada um de nós, em nossas cidades, nos bairros em que vivemos,... Que tal propor aos estudantes que busquem outras histórias de sucesso e vitória como a do filme “À Procura da Felicidade”?

Ficha Técnica

À Procura da Felicidade

(The Pursuit of Happiness)

País/Ano de produção: Estados Unidos, 2006
Duração/Gênero: 117 min., Drama
Direção de Gabriele Muccino
Roteiro de Steve Conrad
Elenco: Will Smith, Jaden Smith, Thandie Newton, Brian Howe, James Karen, Dan Castellaneta, Kurt Fuller, Takayo Fischer, Domenic Bove, Scott Klace.

DICAS DE FILMES - "As Cinzas de Ângela"

AS CINZAS DE ÂNGELA


O que é a miséria?


O que significa ser pobre ou ser rico? Como integrantes da classe média, estamos diante da miséria e da pobreza tantas vezes durante nossa existência, no entanto, não podemos afirmar com certeza que temos uma compreensão plena, sincera ou mesmo mínima desse fenômeno. A mesma afirmação pode ser feita em relação ao pólo oposto, onde vivem os grandes magnatas, as pessoas muito ricas, para quem tudo pode ser adquirido, independentemente do preço que estiver na etiqueta.

Assistimos nos noticiários da televisão, lemos artigos em jornais e revistas, vemos filmes que apresentam uma idéia aproximada do que significa viver ou sobreviver com tão pouco e não temos, mesmo assim, idéia do que seja ser pobre, ser miserável?


Busco em dicionários as palavras que ajudem a elucidar e permitir uma melhor compreensão do fenômeno.

miséria . [Do lat. miseria, ´desgraça´, ´infelicidade´.] S. f. 1. Estado lastimoso, deplorável. 2. Pobreza extrema; indigência, penúria. 3. Estado vergonhoso, indigno, infame, torpe. 4. Mesquinharia, sovinice, avareza. 5. Bagatela, ninharia, insignificância. 6. Fraqueza, defeito, imperfeição. 7. Ação ou procedimento indigno, infame, vil. Chorar miséria. 1. Deplorar ao extremo algum fato. Fazer misérias. (Dicionário Aurélio)

pobreza (ê). [De pobre + -eza.] S. f. 1. Estado ou qualidade de pobre. 2. Falta do necessário à vida; penúria, escassez. 3. A classe dos pobres. (Dicionário Aurélio)

As palavras carregam conceitos fortes que atrelam o significado de miséria e pobreza a escassez, a lástima, a penúria, a estado indigno e, a imperfeição. Cada uma dessas palavras não é capaz de traduzir de fato o que seja não ter um teto para se abrigar, passar horas e dias sem se alimentar decentemente, ser vítima de violências, ter medo e se sentir inseguro,ver outros seres humanos com desconfiança, e ser visto com indiferença.

"As Cinzas de Ângela", filme de Alan Parker (cineasta que produziu grandes filmes como "O Expresso da Meia-Noite", "Pink Floyd - The Wall", "Coração Satânico",...), nos introduz ao universo miserável e procura, mesmo assim, dar alguma esperança, mostrar a luz no fim do túnel, despertar nossa sensibilidade.


O Filme


Quando a família McCourt nos é apresentada, nos deparamos com várias crianças num ambiente sujo, desprovido de comida, com um pai desempregado e sem perspectivas e com uma mãe que procura, na medida do possível, não enlouquecer diante desse quadro aterrador. Para as crianças se alimentarem tem que contar com o auxílio e a boa vontade de uma vizinha, que os acolhe maltrapilhos, alguns seminus e todos, indistintamente, precisando de um bom banho.

Ao receberem a visita de alguns parentes, são orientados a voltar para seu país de origem, a Irlanda, e deixarem o sonho (ou seria pesadelo?) americano para trás. Fracassaram. Olham do barco o porto de Nova Iorque, se despedem melancolicamente da Estátua da Liberdade. Deixam para trás uma terra de oportunidades que para eles representou derrota e morte. Enterraram um de seus filhos na América e, junto com ele, todas as suas esperanças. Quem sabe em casa, próximos de seus parentes, tivessem melhor sorte...

Corria a década de 1930. Anos difíceis marcados por uma recessão mundial sem precedentes, surgida como conseqüência da quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, em 1929. A miséria que deveria afrontar a consciência e o coração dos homens se tornara moeda corrente. Eram tantos os pobres, os desempregados, que as pessoas não pareciam se importar. Cada qual tentando solucionar seus próprios dramas, suas carências e dificuldades.

À volta a Irlanda não proporciona ganhos. Ângela McCourt (Emily Watson) continua a conviver com a desgraça e, para piorar, não pode contar com o auxílio do marido, Malachy McCourt (Robert Carlyle), sujeito de bom coração, que demonstra amor sincero pelos filhos e pela esposa, mas que é fraco e se entrega ao alcoolismo e vive desempregado, conseguindo algum dinheiro a partir de trabalhos temporários. O problema é que uma boa parcela desse dinheiro acaba desviada para seu vício e não permite que seja colocada comida nos pratos de seus filhos...

As dificuldades se avolumam ainda mais quando a família é abandonada pelo pai, que foi em busca de oportunidades na Inglaterra e não retorna e nem manda dinheiro. O filho mais velho, Frank McCourt (protagonizado por três atores diferentes para apresentá-lo na idade adulta, como jovem e como criança), desde cedo encarregado de zelar pelos irmãos e aluno destacado na escola se torna, então, a esperança da família...
Forte e denso, "As Cinzas de Ângela" emocionam.

Aos Educadores


1- "As Cinzas de Ângela" nos mostra como outros povos já passaram por situações de miséria ou nos alerta para o fato que outros ainda vivem em situação crítica. Ao apresentarmos nossas feridas e problemas não estamos clamando por soluções, pedindo por remédios, por medidas da sociedade e do governo? Que outros gritos podem ser dados, que outras oportunidades existem para que se fale abertamente de nossas dores?

2- Perceber a pobreza e a miséria pode ser formas de nos sensibilizarmos em relação às mesmas e nos mobilizarmos em prol de sua superação. Promova pesquisas e vá com seus estudantes a favelas e áreas carentes de sua cidade. Entrevistem as pessoas e verifiquem suas condições de vida, suas dificuldades. Perguntem sobre os auxílios que são dados por entidades governamentais (prefeituras, governo do estado ou governo federal) e por ONGs (Organizações não-governamentais). Depois de tudo isso, quando em aulas, questione seus alunos sobre medidas práticas que o grupo pode realizar para auxiliar essas comunidades.

3- Um dos projetos mais interessantes desenvolvidos a respeito de dignidade e direitos em relação a comunidades carentes resultou no livro "Cidadão de Papel", do jornalista Gilberto Dimenstein. Peça a leitura do livro a seus alunos, verifiquem se as condições averiguadas quando o livro foi escrito foram superadas ou se tudo continua do mesmo jeito, estimule comparações entre o que foi visto na pesquisa de campo e aquilo que está escrito no livro. (Outra obra de Dimenstein que merece ser vista é "O Aprendiz do Futuro", onde a educação e a atualização são apresentadas como ferramentas eficazes no combate a desigualdade).

4- Procurem descobrir como as ONGs que atuam no combate a miséria, a pobreza e a fome funcionam. Verifiquem quais são os projetos governamentais que visam estimular políticas de assistência social e de combate à desigualdade gigantesca que assola nosso país. Faça levantamentos no site do IBGE sobre os indicadores que possam explicar os problemas desse setor. Mobilizem-se e reajam, é essencial para que possamos superar as mazelas de nosso país, para que possamos estabelecer um mínimo de dignidade e decência na vida de nosso povo pobre e sofrido.

Obs.: Uma boa dica para quem quer ajudar e mostrar solidariedade é o recém lançado site Ajuda Brasil, que pode ser acessado no endereço www.ajudabrasil.org; Para quem quer se informar mais sobre o trabalho educacional consciente do jornalista Gilberto Dimenstein, é obrigatória a visita ao site Aprendiz, que pode ser encontrado em www.aprendiz.com.br.

Ficha Técnica


As Cinzas de Ângela

(Angela´s Ashes)

País/Ano de produção:- EUA/Irlanda, 1999
Duração/Gênero:- 120 min., Drama
Disponível em VHS e DVD
Direção de Alan Parker.
Roteiro de Laura Jones e Alan Parker
Elenco:- Emily Watson, Robert Carlyle, Joe Breens, Ciaran Owens,
Michael Legge, Ronnie Masterson, Pauline McLynn, Liam Carney.

DICAS DE FILMES - "A última hora"

A ÚLTIMA HORA

A natureza ressurgirá, a humanidade...


A Última Hora, documentário produzido e narrado por Leonardo di Caprio sobre a questão ambiental, inicia-se com imagens de impacto, mostrando ações humanas e suas conseqüências para o Planeta e para a própria humanidade.


Pesca predatória, queimadas, exploração das florestas, degelo, emissão de gases poluentes na atmosfera, extinção de espécies animais, subnutrição, epidemias, maremotos, congestionamentos monstruosos... Há um pouco de tudo aquilo que estamos impingindo à Terra ao longo de toda a nossa existência, em especial desde o advento do capitalismo como sistema econômico vigente.

Levando em conta que isso representa apenas uma reduzida parte de nossa experiência como espécie, a agressão e a velocidade por nós imposta ao ambiente assumem dimensões ainda maiores. A ferocidade com que estamos devastando as florestas, poluindo o ar, jogando dejetos nos oceanos, extinguindo animais ou promovendo o degelo das regiões polares é assustadora.



Nesse sentido cabe resgatar a frase de um dos especialistas que ao longo do filme A Última Hora, tenta nos alertar para o que estamos fazendo. E não há alarmismos, e sim uma importante constatação, a saber: “Se analisamos a história da humanidade se trata basicamente de uma relação entre os dois sistemas mais complicados da terra: a sociedade humana e a natureza.”

Ou seja, a palavra dos cientistas e estudiosos está nos dizendo que, a princípio, para a maioria das pessoas, o que estamos vivendo é um choque entre os nossos interesses e as possibilidades de realização dos mesmos que a natureza nos oferece. Nosso “complicado sistema” de vida, pautado no consumismo desenfreado e baseado não apenas na sobrevivência de cada um e de todos, mas estimulado de forma constante pelo marketing e pelas mídias (subsidiados pelas grandes corporações e pelos mais ardorosos defensores de seus interesses, os governos de cada nação) torna-se, portanto, algo a ser revisto e alterado.


E estamos mais do que atrasados nessa luta... Acreditamos por muito tempo que as fontes de matérias-primas que abastecem nossos empreendimentos eram inesgotáveis ou renováveis. Mesmo em relação aos recursos que sabíamos que iriam desaparecer da face da Terra em algumas décadas, como o próprio petróleo, agimos de forma irracional, aumentando de modo irresponsável o consumo.

E o que se prega para o futuro, apenas o catastrofismo, o fim dos tempos, o apocalipse?

Não, a mensagem não é essa. Nem tampouco prevalece entre os especialistas o desânimo e a descrença quanto à possibilidade de reverter o quadro que torna a cada novo dia irremediável (ao menos aparentemente) o aquecimento global, o efeito estufa, a destruição das calotas polares, a iminente intoxicação das fontes de água potável e alimentos...


Ainda existe a esperança e a viabilidade técnica para a reversão da destruição que vislumbramos no horizonte. E isso fica bastante evidente a partir daquilo que nos diz outro ambientalista no filme A Última Hora ao esclarecer que “Quando usamos a expressão salvar o meio-ambiente não estamos nos expressando corretamente, pois o meio-ambiente vai sobreviver, nós é que não vamos ou talvez não sobrevivamos num mundo em que não desejaremos viver”.


O que se busca então, com a preservação dos ecossistemas que garantem a vida na Terra é a sobrevivência da espécie humana? Ao agirmos em prol do meio-ambiente estamos dando continuidade ao egoísmo e a práticas autocentradas e não realmente manifestando nosso interesse na preservação de todas as vidas que compõem o tecido natural do planeta?

Penso que, de certa forma, é isso realmente o que acontece. Mas gostaria de ir um pouco além e imaginar que podemos, apesar de nossas limitações, agirmos num sentido plenamente coletivo – envolvendo as outras espécies e seres em nossa nova “arca de Noé.”


As pessoas não deveriam pensar que o que pregam os ambientalistas é o retorno às cavernas, a uma alimentação a base de raízes e frutas colhidas nas árvores e o abandono daquilo que constituímos ao longo de toda a história humana. O que pensam é que temos que racionalizar a situação e rever ações e posturas que tornam insustentáveis a continuidade da vida a médio prazo.


E é nesse ponto que o filme A Última Hora surpreende e encanta. Não se tratando apenas de uma produção que poderia se juntar a todos os filmes apocalípticos de que temos notícias. Não basta apenas trazer a tona as más notícias e deixar as pessoas com medo e descrentes quanto ao futuro que se avizinha.

É necessário mostrar que as mudanças são possíveis, que estão sendo pensadas e pesquisadas, e podem se tornar realidade se agirmos nesse sentido.

Troque as lâmpadas incandescentes de sua casa por fluorescentes, mais econômicas. Não desperdice água. Plante árvores no seu jardim e em seu bairro. Recicle os produtos passíveis de reutilização. Não compre apenas por impulso. Escolha políticos que tenham preocupação com o meio-ambiente (não apenas da boca para fora, mas demonstrada publicamente através de ações e projetos). Utilize energias alternativas como a eólica ou a solar. Ande menos de carro e mais de bicicleta ou de transporte coletivo. Compre produtos de sua região e de empresas próximas para diminuir o tráfego de caminhões e veículos poluentes.

A Última Hora nos revela o que a ciência tem de informações mais recentes e contundentes a respeito da questão ambiental nos últimos tempos.

Ficha Técnica


A Última Hora
(The 11th Hour)
País/Ano de produção: EUA, 2007
Duração/Gênero: 95 min., Documentário
Indicação Etária:livre
Direção de Nadia Conners e Leila Conners Petersen
Roteiro de Nadia Conners, Leila Conners Petersen e Leonardo DiCaprio
Elenco: Leonardo di Caprio, Kenny Ausubel, Janine Benyus, Sylvia Earle, Gloria Flora, Michel Gelobter, Mikhail Gorbatchev, Stephen Hawking, Thom Hartmann, Paul Hawken.









8 de dezembro de 2009